quarta-feira, 16 de abril de 2008

Barraqueiros da Curva São Paulo acusam prefeitura de abandono

Os barraqueiros do Balneário Curva São Paulo estão denunciando o abandono por parte da prefeitura de Teresina. Eles reclamam que tiveram suas barracas inundadas e não foram considerados alagados. Os trabalhadores não entendem o que está acontecendo, porque estão em más condições, com muitas dívidas e não podem voltar ao trabalho.

Segundo o barraqueiro Elias Alves Pereira, o prejuízo já chega a quase R$ 3 mil com estes dias que estão sem trabalhar. Além disso, as dívidas já são enormes e eles pedem auxílio à prefeitura de pelo menos cestas básicas.

"Nós estamos em uma situação muito grave, estamos devendo às fornecedoras de bebidas, devendo empréstimos ao Banco do Brasil, Banco Popular, devendo talões de água, luz e estamos sem trabalho, porque falta concluir a instalação elétrica", fala o barraqueiro.

Durante todo esse período de enchentes no Balneário, seu Elias disse que os barraqueiros não tiveram ajuda de ninguém, nem mesmo da prefeitura.

Ele disse ainda que os vários funcionários que trabalham no local também estão passando por dificuldades.

"Sei que foram liberados pelo menos R$ 250 milhões para os alagados e nós não recebemos nada, nossas casas não estão alagadas, mas nosso local de trabalho sim, e de onde vamos tirar o pão para nossas famílias", indaga Elias Alves.

Outro lado

O Portal GP1 procurou a Superintendência da SDU/sudeste, através do superientende João Pádua para falar sobre o assunto.

Segundo o superintendente, os trabalhos por enquanto estão na recuperação da parte elétrica, hidráulica e sanitária. A reforma do muro de proteção das barracas só será feita quando o nível das águas baixarem e a prefeitura avaliar o que deve ser refeito.

"Ainda não podemos avaliar quanto será necessário para reformar o Balneário. Enquanto as águas não diminuírem não saberemos a valor dos estragos causados pelas chuvas", explica João Pádua.

De acordo com ele, até o fim desta semana as reformas iniciais serão concluídas e os barraqueiros poderão voltar a trabalhar.

Sobre a falta de ajuda da prefeitura denunciada pelos barraqueiros, João Pádua disse que a prefeitura disponibilizou tudo o que eles reivindicaram, como o transporte para a retirarada dos objetos e uma ajuda de custo para pagarem os vigias.

"Eles não receberam alimentos porque não solicitaram à prefeitura, nós ficamos à disposição para ajudar em qualquer ponto", declarou João Pádua.

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