terça-feira, 1 de abril de 2008

População denuncia o caos na Avenida Frei Serafim em Teresina

A Avenida Frei Serafim se tornou o mais novo problema para os motoristas de Teresina. Passar pela principal via do centro da capital no horário de pico exige muita paciência. Motoristas em geral, passageiros e pedestres reclamam do grande problema.

Apuração do GP1

O Portal GP1 percorreu a avenida Frei Serafim no horário de 17h30 à 18h30 e constatou o caos que se estabelece com a grande tráfego de carros. O ponto mais crítico da avenida é a entrada na Ponte Juscelino Kubitschek, que dá acesso à zona leste.

Motoristas de ônibus

O motorista de ônibus Marcelo Sousa, está há oito anos na profissão e segundo ele é visível o aumento de carros circulando em Teresina nos últimos anos e a avenida já não comporta todos esses veículos.

"Com a abertura da Frei Serafim até melhorou um pouco, mas não foi o suficiente porque na saída da avenida, na ponte, o problema se agrava", fala o motorista. Ele afirma que é no horário de 17h às 18h30, o pior momento.

Para ele, o congestionamento na avenida causa um problema a mais para eles. "Nós temos um horário a cumprir. Cada viagem deve ser feita em média dentro de 80 minutos, mas com o trânsito horrível à tarde, não dá para cumprirmos o horário. Assim, ficamos sem tempo até para ir ao banheiro ou mesmo descansar um pouco", desabafa Marcelo Sousa.

Ele diz que com o congestionamento chega a gastar mais de 90 minutos. No trânsito, Marcelo fala que o estresse é enorme e isso é perigoso. "Para relaxar, coloco um som e converso com o cobrador, porque senão nos irritamos demais", conta.

Para Marcelo Sousa, somente a construção de novas pontes poderá desafogar o complicado trânsito da Frei Serafim em horário de pico.

Motorista de carro pequeno

Para quem dirige carros pequenos passar pela Frei Serafim também é um caos. Leidiana Félix, diz que todo o dia passa pela avenida no horário de pico e é sempre o mesmo problema. Chega a perder mais de 30 minutos na avenida. Nem mesmo a ousadia dela em brigar com os outros motoristas a leva para casa mais rápido.

Segundo ela, o problema não é só na Frei Serafim, porque tentou mudar a rota, mas foi inútil. "Na verdade não vamos conseguir sair desse problema, ele está espalhado por todo o centro, mas na Frei, o pior lugar é no cruzamento da Coelho Resende com Frei Serafim. Lá, os carros invadem a mão do outro é terrível", fala Leidina Félix.

De acordo com ela, a solução seria fazer um rodízio como em São Paulo, pois o número de carros no centro é muito grande.
Passageiro

A universitária Bárbara Rodrigues precisa pegar ônibus na Frei Serafim todos os dias por volta de 18h. Segundo ela, todo o dia tem de enfrentar a demora dos ônibus e muita vez chega atrasada na faculdade.

"Todos os dias perco quase uma hora esperando sair do congestionamento, é horrível e sempre estou me atrasando. Sinto na pele a desorganização do trânsito teresinense", reclama a estudante.

De acordo com ela, vários fatores contribuem para esse caos na avenida nos horários de maior fluxo de veículos. "Faltam opções, a frota na cidade aumentou, e é mais prático para quem está no centro e vai para a zona leste sair pela ponte, mas ela é pequena demais", explica Bárbara Rodrigues.

Ela reclama ainda de uma curva que tem na entrada da ponte JK que piora a situação. Bárbara afirma que é preciso aumentar a ponte e criar mais opções para diminuir esse problema.

Secretaria de Comunicação

O portal GP1 procurou a Asessoria de Comunicação da Prefeitura através da secretária de comunicação Cristiane Ventura.

A Secretária disse que todas as intervenções da Prefeitura já foram feitas no sentido de melhorar o trânsito na Frei Serafim. "Já fizemos a ampliação das pistas nas duas vias, ampliamos o canteiro e isso ajudou muito", diz a secretária.

No entanto, ela reconhece que o problema maior está na ponte que dá acesso á zona leste da capital. Cristiane Ventura citou a conclusão da Ponte do Sesquicentenário como uma forma de diminuir o tráfego na Frei Serafim. Mas de acordo com ela, falta dinheiro para a conclusão da obra orçada em R$ 45 milhões. Ela afirmou que os R$ 30 milhões liberados pelo Governo do Estado não foi suficiente para terminar a ponte, paralisada há um ano.

A Prefeitura Municipal sobre o caso

A reportagem procurou ainda o Diretor de Trânsito da Superintendência de Trânsito de Teresina (STRANS), Ricardo Freitas para maiores informações

O Diretor de Trânsito Ricardo Freitas disse que o primeiro passo para desafogar o trânsito da avenida é a conclusão da Ponte do Sesquicentenário. A abertura da Ponte Juscelino Kubitschek, bem como a criação de corredores paralelos à Frei Serafim são algumas das medidas que constam no projeto que está sendo preparado pela Prefeitura de Teresina.

"O problema existe e isso é visível, mas já temos um projeto. Ele será aperfeiçoado, depois licitado e depois as construções começarão. Agora é preciso um estudo aprofundado, e isso está sendo feito. Isso leva tempo até sair do papel", fala o diretor Ricardo Freitas.

Engenheiro Civil

O Engenheiro Civil do Departamento de Estradas e Rodagens do Piauí (DER-PI), José Faustino também falou sobre o caos na avenida. Segundo ele, o problema maior é mesmo na ponte que precisa ser mais aberta.

"No entanto, se os motoristas usassem mais o corredor paralelo à Avenida João XXIII na saída da ponte JK iria amenizar o tráfego na Frei Serafim", explica o diretor José Faustino.

Para ele, a conclusão da ponte do Sesquicentenário será também uma válvula de escape do congestionado trânsito do centro de Teresina.Prefeito de Teresina sobre o caso

O prefeito Sílvio Mendes

O prefeito Silvio Mendes disse ao GP1 que tem feito tudo para melhorar a avenida e que a assessora Crisitiane Ventura falaria sobre o assunto com a reportagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário