sexta-feira, 16 de maio de 2008

Cresce o registro de casos de violência contra mulher no Piauí

Uma pesquisa divulgada recentemente em todo o Brasil mostrou que o número de mulheres que procuram a Central de Atendimento à Mulher para saber como denunciar seus companheiros triplicou entre 2006 e 2007, de acordo com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.

Em 2006, ano que entrou em vigor a Lei Maria da Penha, foram em média 40 ligações diárias. Já em 2007, foram cerca de 137 ligações por dia.

Piauí

De acordo com a Delegada da Mulher, Vila Alves, a procura das mulheres para denunciarem seus agressores também vem crescendo no Estado.

Para a Delegada, a Lei Maria da Penha é a principal responsável por esta mudança de atitude das vítimas.

"A Lei Maria da Penha dá a segurança que faltava às mulheres vítimas para fazerem as denuncias, só de janeiro até maio, já fizemos 52 prisões em flagrantes de delito e isso tudo se deve às denúncias feitas", explica Vilma Alves.

Machismo, agressão, abandono, espancamento, xingamento, privações, estupramentos ameaças, abusos sexuais, preconceitos, são algumas das formas de violências mais sofridas pelas mulheres no Piauí.

A delegada afirma que a maioria destas violências está relacionada diretamente com o machismo, o que acaba generalizando as classes que sofrem agressões.

"O machismo não tem classe social, portanto, mulheres de todas as classes são vítimas de um sistema cultural que adota as mulheres como submissas", fala a Delegada.

A Delegada disse ainda que todos os anos de submissão em que as mulheres viveram estão sendo reconquistado agora. "A Lei nos ampara de forma legal, além disso, os movimentos sociais em Teresina fortalecem esta luta", diz.

Segundo ela, a Lei Maria da Penha é eficiente porque tem resultado imediato. Todas as denúncias que chegam à Delegacia da Mulher são encaminhadas para a 5ª Vara Criminal, que é especial para casos de violência contra a mulher.

Acolhimento às vítimas

Em Teresina existem duas casas de proteção às vitimas de agressões, a Casa Abrigo e o Centro de Referência, além de outros locais espalhados pela cidade. Todos ajudam na recuperação e auto-estima de mulheres vítimas de abuso sexual e outras formas de violências.

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