quinta-feira, 24 de setembro de 2009

PIAUÍ: Audiência nesta quinta-feira vai definir os rumos da greve dos Correios

A greve dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), iniciada no último dia 16 em todo o Brasil, chega a seu nono dia nesta quinta-feira (24). Na agência do Monte Castelo, onde funciona o Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas, todos os 22 operários responsáveis pela identificação das encomendas estão parados. São cartas, documentos e vários produtos que deixam de chegar às mãos dos usuários do serviço em todo o Estado.

Confira matéria em vídeo

Em frente à empresa, os grevistas fazem suas reivindicações e apresentam as cobranças junto aos Correios. O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos do Piauí (Sintect), Edvan Soares, falou sobre os principais pontos que estão dificultando as negociações.

“Nós chegamos hoje ao oitavo dia ainda sem um acordo definido. Estamos reivindicando um reajuste justo para a categoria que satisfaça nossas necessidades. Nós estamos reivindicando um reajuste de 41%, que vêm das perdas salariais desde o Governo de Fernando Henrique Cardoso, queremos a incorporação de R$ 300,00 ao piso de R$ 650,00 e buscamos mais contratações de funcionários, além de uma reestruturação da empresa, mais os correios não querem aceitar”, Edvan Soares.

Segundo Edvan Soares, a proposta dos Correios é um reajuste de 9% passados em dois anos, o que para os funcionários, não basta, pois ficaria só os mesmos 4,5% por ano. Outra reivindicação antiga também está em pauta.

“Gostaríamos muito que houvesse uma mudança no horário de trabalho dos carteiros. Todos sabem da forte incidência dos raios ultravioleta na capital do Piauí e isso é muito prejudicial. Queríamos que o trabalho fosse feito pela manhã”, cobra o vice-presidente.

A greve no Piauí atinge com mais força a cidade de Teresina, que recebe as encomendas, faz a triagem e distribui para o restante do Estado.

Para o diretor dos Correios, Osmar Teixeira, a situação já está bem encaminhada e amanhã, quando haverá o julgamento do discídio coletivo, deverá ser resolvida. Ele falou dos números da greve e disse que o movimento não tem mais razão de existir.

“Essa greve não tem mais significado. Em todo o Piauí existem cerca de 500 carteiros, em Teresina são 390 e destes, apenas 139, ou 27%, estão parados. Somente quatro motoristas pararam. Existem agências na capital que não pararam e em todas as agencias os serviços de telex, sedex e produtos registrados estão sendo distribuídos. No estado temos algumas manifestações em Floriano, mas no restante do Piauí tudo normal. Parece mais uma política deles manter a greve e isso tem que acabar. Esperamos uma boa ação dos trabalhadores e que amanhã a greve acabe”, explica Osmar Teixeira.

O diretor acrescenta ainda que todas as reivindicações da categoria serão analisadas e vão tentar chegar a um acordo. “Nosso desejo é que os serviços voltem ao normal. Agora com relação à mudança de horário de trabalho isso é complicado e dificilmente será atendido”, conta.

Osmar Teixeira disse que essa reivindicação não pode ser atendida porque as encomendas chegam em Teresina via aérea por volta das 10h e não podem ficar para serem entregues no outro dia.

“Se eles trabalharem só pela manhã, como vão distribuir as encomendas que chegam quase meio-dia em Teresina, aí fica difícil”, afirma o diretor.

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