quarta-feira, 11 de agosto de 2010

PREFEITO DE TERESINA admite crise e pode demitir terceirizados da prefeitura

O prefeito de Teresina Elmano Férrer (PTB) admitiu, em solenidade no Palácio da Cidade, nesta quarta-feira (11/08), que deve demitir servidores terceirizados da PMT, pois existe uma crise financeira e não tem como pagar as reivindicações feitas por algumas categorias, como no caso dos médicos anestesistas.

Segundo o prefeito, o orçamento deste ano foi feito com valores abaixo do que realmente é suficiente, o que coloca a prefeitura em meio a uma crise de gestão. Ele explica que o orçamento de R$ 1 bilhão e 500 milhões não é suficiente e que no momento, o déficit na cidade já é de aproximadamente R$ 60 milhões.

“Estamos sem saber o que fazer, não temos como fazer este reajuste que a categoria dos anestesistas estão pedindo. No primeiro trimestre deste ano já houve um reajuste, de modo que não temos mais recursos. Estamos trabalhando muito para sabermos como vamos fechar o ano , pois ainda faltam mais de quatro meses. A demissão de servidores se apresenta, neste momento, como uma possível alternativa, tendo em vista que o reajuste de 18%, pedido pelos anestesistas para os plantões, não tem como ser dado”, afirma o prefeito Elmano Férrer.

Elmano Férrer adianta que vai pedir explicações à antiga administração para saber por que o valor do orçamento para 2010 não vai atender as necessidades da cidade. O gestor diz que só os valores destinados à saúde e educação já consomem cerca de 65% do orçamento, comprometendo as outras áreas.

ENTENDA O PROBLEMA

Mais de 20 anestesistas entregam suas cartas de demissão à Fundação Municipal de Saúde na manhã desta terça-feira (10/08), o que deve suspender as cirurgias no Hospital de Urgência de Teresina e demais hospitais do município.

A decisão foi tomada na noite de ontem, em reunião realizada no auditório do Sindicato dos Médicos do Piauí. A discussão durou cerca de duas horas e a grande maioria entendeu que a única saída seria a demissão, já que o presidente da FMS já anunciou que não vai negociar com os especialistas.


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